quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Cúpula dos Povos - Rio+20

     O conflito de interesses é claro: 
     De um lado os interesses das grandes corporações, de manter (ou ainda aumentar) seus lucros, pouco se preocupando com questões ambientais (a menos que isso represente uma possibilidade de aumento dos lucros, como tem sido esse novo nicho de mercado da "sustentabilidade"). 
     De outro, os que defendem a preservação do meio ambiente, dos recursos naturais, das formas alternativas de produção. Os governos, que em tese tendem a negociar com a sociedade civil e com o mercado buscando uma conciliação entre interesses, desta vez se absteve: países que possuem grandes indústrias que agridem o meio ambiente e que, portanto, deveriam estar presentes na Rio+20, não compareceram.
     Os objetivos de “erradicar a pobreza” e “proteger o meio-ambiente” mais uma vez se tornaram parte de um demagógico discurso, que não se efetiva.
     A principal solução dada pela ONU para o problema foi dado pelo “Esboço Zero”; a chamada “economia verde”, que na verdade não busca nada além de mascarar o capitalismo já existente, que tem como condição de existência a desigualdade social e os desastres ecológicos. 
     A necessidade é a de um novo modo de viver, novos valores éticos e de solidariedade e respeito. Como disse Severn Suzuki, temos um bom modelo para isso, que foi a “Carta da Terra”. Por isso a importância da resistência dos povos, das manifestações contra o domínio das multinacionais e contra o agronegócio, expressa na comunhão das culturas e lutas na Cúpula dos Povos. 



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