quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Curso de Educação Popular Crítico Freiriana



"A ordem é ninguém passar fome 
Progresso é o povo feliz"
Zé Pinto, Ordem e Progresso
Assentamento Contestado, na Lapa-PR
A Rede de Educação Cidadã – RECID realizou nos dias 15 e 16 de dezembro um curso de formação em educação popular, baseado na perspectiva da pedagogia de Paulo Freire. O curso aconteceu no assentamento Contestado, município da Lapa-PR, e teve como facilitadora Ana Inês de Souza.
Dentre as discussões e temas, o curso possibilitou um resgate do contexto histórico em que viveu Paulo Freire, e a maneira como este olhou para a história de seu país e percebeu os processos de desumanização e resistência de seu povo.


A proposta da pedagogia de Paulo Freire é a de possibilitar uma educação que ajude o povo a pensar; que as pessoas sejam capazes de ler não apenas textos, mas contextos.







Freire propõe uma metodologia diferenciada de trabalho com as comunidades, em que o educador deve buscar as palavras que tem significado para determinadas pessoas ou comunidades e, a partir dessas palavras, poder problematizar questões sociais.
Na oportunidade, foi exibido um filme, da série Realidade Brasileira (segue abaixo).
No filme, Freire discute, entre outras coisas, a importância do “sonhar, projetar, o conjecturar sobre o amanhã”, que se trata de um ato político e ético. “quem é o sujeito beneficiado do seu sonho?”. Freire diz que é preciso sonhar por justiça, direitos, por liberdade, não uma liberdade individual, mas coletiva.

Visita a Mandala do Sr. Henrique, assentado do MST

O curso foi um importante espaço para reflexão das ações realizadas pelos grupos participantes, num constante processo de auto-avaliação sobre as práticas, e se estas caminham no sentido de uma emancipação ou libertação popular, ou reproduzem a lógica do capital.

"As pegadas das pessoas que andam juntas nunca se apagam" (provébio Congo)


sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Encontro de Planejamento para 2013


A Associação CORAJEM comunica a sua direção, conselho fiscal, conselho político e sócios, que o encontro de planejamento para o ano de 2013 será realizado entre os dias 06 e 12 de janeiro, na sede. Durante essa semana serão discutidas as diretrizes e ações da Associação para o próximo ano e, portanto, é essencial a participação de todas e todos as companheiras e companheiros.
Contamos com sua presença!

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Mudança da data de planejamento

A Associação CORAJEM informa aos seus sócios(as), diretores(ras), técnicos(cas) e demais interessados(as) que a reunião de planejamento para as atividades, previstas para os dias 21 a 24 de novembro, foram transferidas para a segunda semana do mês de janeiro, sendo os dias a serem definidos próximos da data.

Agradecemos a compreensão de todas e todos.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

2ª. Tarde Festiva da comunidade Pedreira em comemoração ao dia da criança


Cama elástica

Na tarde deste domingo, dia 14 de outubro, a comunidade do bairro Pedreira realizou sua 2ª. Tarde Festiva em comemoração ao dia da criança. O evento disponibilizou cama elástica, algodão doce, pipoca e suco grátis, além de momentos de pintura na rua com tinta guache após as três da tarde.
Jogo de futebol



Houve ainda jogos de futebol entre meninos e meninas, com a parceria da Associação União Irati, com distribuição de doces para as crianças no final.




Durante toda a tarde foram vendidos pastéis de carne e banana, além da realização de um bazar. O dinheiro arrecadado da venda será utilizado para pagar os custos do evento e as atividades do Grupo de Mulheres.

Bazar 
Pintura na rua











As tardes festivas têm o objetivo de promover espaços de lazer e cultura na comunidade e fortalecer a organização popular do bairro. o Grupo de Mulheres do bairro Pedreira e a Associação CORAJEM agradecem mais uma vez a todas e todos que colaboraram de uma maneira ou de outra para a realização deste evento.


Que toda criança pinte seus sonhos com as cores que quiser

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

5ª. Semana Social Brasileira

Aprovada por unanimidade pelos bispos na 49ª Assembleia geral da CNBB, a 5ª Semana Social é um convite à sociedade brasileira para se colocar na perspectiva do cristianismo libertário inaugurado pelo primeiro bispo destas terras latino americanas, Bartolomeu de las Casas, no Chiapas, que questionou profundamente o Estado que se pretendia implantar em nosso continente. Ele próprio afirmou, diante da rainha, que o verbo rapere (roubar) estava sendo conjugado aqui por todas as pessoas, em todos os tempos e todos os lugares. Compreendeu a dimensão social da eucaristia, que, celebrada com a apropriação das terras indígenas e de escravidão, era como sacrificar um filho diante do pai. Sendo ele um encomendeiro (proprietário de índios), libertou os índios que se encontravam sob seu domínio, suspendeu a celebração da eucaristia e se empenhou na luta pela libertação dos indígenas espoliados e escravizados. 

Hoje, a luta pelo Estado que queremos se inspira nos indígenas, sistematizado no ideal de uma sociedade do Bem Viver. 

O Bem viver é sinônimo de "vida boa", o que hoje denominamos de "qualidade de vida" e o Evangelho chama de "Vida em plenitude" (cf. Jo 10, 10). 

Os povos tradicionais almejam transformar profundamente o modo de viver imposto pelo sistema capitalista. Priorizam a sacralidade da vida humana e de todos os seres vivos. Compreendem isso como compromisso de viver de modo sadio, feliz e harmonioso consigo mesmo, com os outros humanos e com todos os seres vivos. Para os povos tradicionais, não é um ideal irrealizável e sim uma utopia possível que temos de construir. 

Em conformidade com o que Jesus afirma: "Eu vim ao mundo para que todas as pessoas tenham vida e vida em plenitude" (cf. Jo 10, 10), a 5º Semana Social Brasileira quer ser uma ocasião oportuna para repensarmos o Estado que temos e o Estado que queremos, considerando o Bem Viver como um critério espiritual e social. 

Esse debate será realizado em nossa região no dia 01 de setembro, das 8h 30min às 17h 30min, na Paróquia Imaculada Conceição, conhecida como igrejinha de Uvaranas. Estão todos convidados.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

A festa e a comunidade do bairro Pedreira



Cama elástica
Muito se fala sobre a palavra “comunidade”. Muitas vezes é até confundida com a ideia de bairro, como se bastasse morar em um mesmo local para que as pessoas pudessem viver em “comum-unidade”. Mas é preciso pensar mais do que isso.
 
Para que um grupo de pessoas seja uma comunidade, é preciso não apenas que compartilhem um mesmo espaço, como um bairro, por exemplo. É preciso que as pessoas compartilhem interesses. E ao compartilharem interesses, as pessoas passam a se relacionar de um jeito diferente, e passam a se unir por outros vínculos, passam a se organizar... 
Bazar

No dia 12 de agosto, dia dos pais, cerca de 50 pessoas, entre crianças, adolescentes, jovens, mulheres e homens, estiveram presentes na festa do bairro, regada a pastel, pipoca, quentão e cerveja caseira. A arrecadação será utilizada para a instalação de uma padaria comunitária. 

Os moradores mostraram mais uma vez que caminham no sentido de fortalecerem seus vínculos, de fortalecerem sua comunidade. 


Parabéns aos moradores do bairro Pedreira pelo evento!


quarta-feira, 15 de agosto de 2012

26ª Romaria da Terra: “A diversidade camponesa cuida da terra, promove a vida”

     De acordo com levantamento publicado no ano de 2009 [1], existem município de Mandirituba, Região Metropolitana de Curitiba, pelo menos 15 comunidades faxinalenses (227 comunidades faxinalenses em todo o Estado do Paraná). Destas 15, destacam-se os conflitos que envolvem os chacreiros (pessoas de fora da comunidades, que não respeitam os costumes e a cultura faxinalense), as ameaças contra as lideranças faxinalenses e os fechos (o cercamento de áreas de uso comum da comunidade). 
    Os faxinalenses, enquanto grupos tradicionais, necessitam de seu território para continuarem a reproduzir a sua cultura e seus costumes.Portanto, a perda de seu território implica na perda não somente de seus meios materias de produção, mas também de reprodução, de sua cultura, de seus costumes tradicionais. 
       Este será o cenário desta 26ª Romaria da Terra, marcado para o dia 19 de agosto, e trará como lema “A diversidade camponesa cuida da terra, promove a vida”. 
         A Romaria é organizada no Paraná há 26 anos pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) e reúne dioceses, paróquias, entidades parceiras, organizações dos trabalhadores do campo e da cidade. 
        Para maiores informações sobre a Romaria, entrar em contato com o escritório da CPT em Curitiba, das 14h às 17h – falar com Daiana: (41) 3224-7433 ou pelo e-mail cptparana@gmail.com 

[1] ver livro “Terra de Faxinais”, organizado por Alfredo Wagner Berno de Almeida e Roberto Martins de Souza. Disponível em: http://www.novacartografiasocial.com/downloads/Livros/livro_faxinais.pdf

Cartaz da Romaria da Terra 2012

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Festa Comunitária no Bairro Pedreira

       No próximo dia 12 de agosto (domingo), a Associação CORAJEM e o Grupo de Mulheres do bairro Pedreira estarão promovendo a FESTA COMUNITÁRIA NO BAIRRO PEDREIRA, onde haverá: bazar, pastelada, brincadeiras para crianças, quentão e comidas, e muita animação. 
       Os recursos arrecadados do bazar e pastelada será destinado para o Grupo de Mulheres (projeto Padaria Comunitária), e os recursos de brincadeiras, quentão e comidas será para manutenção da Associação CORAJEM. 
    Por isso, aproveitamos a oportunidade para solicitar com antecedência doações que podem ser: em dinheiro, em alimentos não perecíveis (farinha, óleo, açúcar, vinho, etc), ou em roupas, sapatos e acessórios usados. Além disso, já estamos vendendo os bilhetes de pasteis adiantado para buscar no dia 12, terá de carne e banana a R$ 1,50 a unidade. Quem quiser encomendar entrem em contato conosco. 
    Desde já agradecemos sua contribuição e pedimos que ajudem a divulgar a Festa e venham participar e conhecer a comunidade do Pedreira.

Cartaz de divulgação

sábado, 4 de agosto de 2012

Juventude na Jornada da Agroecologia


      Nesta jornada de Agroecologia, pela primeira vez, teve-se uma discussão específica sobre a questão da juventude e de seu protagonismo para as transformações sociais que queremos.
         Foram realizados dois seminários com tema:  “O protagonismo e desafios da juventude”, e uma Assembléia Popular da juventude, onde foi apresentada uma Carta Final com as demandas e propostas tiradas na jornada para a questão da juventude.

      Os seminários foram conduzidos pela juventude do Movimento dos Sem-Terra e pelo Levante Popular da Juventude, e foram espaços ricos de troca de ideias e informações.
Dentre os temas tratados, destacou-se a saída do jovem do campo, e sobre este tema levantou-se vários discussões como a falta de oportunidades, a busca de autonomia financeira, a influencia da mídia, o acesso a educação, o avanço do agronegócio, entre outros.
        Pelo MST, Diego Moreira fez uma análise de conjuntura, e observou que de 8 milhões de jovens no campo, apenas 1% acessa o ensino superior. Disse que vivemos num momento de grande importância para a formação de novos quadros para os movimentos, que tenham lucidez teórica e capacidade prática de resolução de problemas.

“A juventude carrega em si a síntese das lutas do povo”. Diego Moreira, MST.
       Afirmou que a revolução não pode ser transportada dos moldes de outros países, mas que deve ser construída aqui, e coletivamente, sendo que a juventude tem um papel importante neste processo pela sua capacidade do “imprevisível”. É necessário, portanto, construir um processo permanente de formação e lutas com a juventude, e é nosso desafio construir instrumentos de organização política para que isso aconteça. É preciso mais “desobediêcia civil” e trabalhos de base, e menos “revolucionários de bar” (e de facebook, poderíamos completar).
Hellen Lima, Levante Popular da Juventude
       Em nome do Levante Popular da Juventude, Hellen Lima fez um resgate do histórico do Levante, de sua formação nos anos de 2005 e 2006, até o ano de 2012, quando aconteceu o 1º. Acampamento Nacional , com mais de mil jovens, de 17 estados do país.
       Hellen apresentou alguns dados sobre a juventude no Brasil: 16% de desocupação juvenil; 22 milhões de jovens na PEA (População Economicamente Ativa); 66% dos jovens de 14 a 29 anos trabalha; 46% dos desempregados são jovens; 56% dos jovens só trabalham; 4 milhões trabalham informalmente; 90% recebe menos do que o salário mínimo e 13% estão no ensino superior.
 “Riscar no chão da história a nossa marca”. Raul Amorim, MST
       Raul Amorim, também representando o coletivo de juventude do MST, falou que a história é uma disputa, e que é preciso trazer o passado para o presente, para que possamos compreendê-lo. Assim também o conceito de juventude é uma disputa, política e ideológica, sempre na tentativa de categorizar, quer seja pela idade, ou pela rebeldia. Para Raul, trata-se de uma discussão da qual não podemos nos abster.
    Afirmou que o CENSO de 2010 apresenta 8 milhões de jovens no campo. Destes, 2 milhões vivem em extrema pobreza. Além disso, das 2 milhões de pessoas que deixaram o campo em 2 anos, metade era jovem.
     Raul ainda afirmou que vivemos na chamada “onda jovem”, pois  de 1990 a 2020 vamos ter a maior população do mundo, sendo que hoje a juventude já representa 20% da população total, e que por isso devemos ter uma atenção maior para essa população.
      Como desafio, Raul coloca que a juventude deve assumir a postura de seu protagonismo, e deixar de apenas receber informações, mas passar a criá-las. A juventude, segundo ele, deve lançar propostas que causem tensão na realidade que está posta, a fim de transformá-la.
    Como resultado das discussões sobre o tema da juventude construiu-se uma carta da juventude, que está disponível no endereço: http://jornadaagroecologia.com.br/?q=node/69

11ª. Jornada de Agroecologia



Amar a terra, e nela plantar semente, a gente cultiva ela, e ela cultiva a gente
Zé Pinto, Caminhos alternativos

        Dos dias 11 à 14 de julho aconteceu a 11ª. Jornada de Agroecologia, que reuniu cerca de 4 mil pessoas na Universidade Estadual de Londrina, para debater sobre um modelo de produção de alimentos que respeite a vida, que não envenene a terra, e que valorize os pequenos agricultores.
João Pedro Stédile
    Durante o evento houve conferências com importantes lideranças e teóricos dos movimentos do campo, como João Pedro Stédile e Ademar Bogo.

          Em sua fala, Stédile ressaltou o momento histórico em que vivemos, onde são formadas novas alianças entre os bancos, as mídias e os latifundiários, de maneira que as transnacionais cada vez mais avançam para a agricultura, fazendo com que esta deixe de produzir “alimentos”, e passe a produzir “mercadorias”, cuja finalidade é apenas obter lucro.
Com isso, observa-se a redução da diversidade de produção de alimentos, que se resume em trigo, arroz, feijão, soja e milho.
         No entanto, Stédile observa que o capitalismo encontra-se em crise, e que se tem hoje 3 vezes mais dinheiro do que produção no mundo. Com isso, os capitalistas precisam transformar o seu dinheiro em bens. Passam então a comprar a produção, com taxa de lucro muito além do custo da produção.
Ademar Bogo
       Não satisfeitos com a mercantilização do solo, tem investido no subsolo, nas águas e minérios (resultado disso é Minas e Energia ter privatizado todas as minas do Brasil nos últimos 8 anos).
      Por fim, além do solo e do subsolo, os capitalistas querem comprar também o ar, a atmosfera. Hoje já se mapeia florestas por GPS, e como as florestas conseguem transformar gás carbônico em oxigênio, se criou o chamado “crédito de carbono”, que é a venda desse “ar” para as empresas que poluem.
      O modelo atual de agricultura, que  não se baseia mais no agricultor mas no lucro, apresenta contradições: o uso abusivo de agrotóxicos nos alimentos, ocasionando um sociedade cada vez mais doente de câncer e outros problemas; os desequilíbrios climáticos, secas, enchentes, provocadas pelo monocultivo e desmatamento; a concentração de terra na mão de poucos, gerando cada vez mais desigualdade social.
         Stédile afirma que é preciso luta, resistência e teimosia, pois esse modelo de agricultura agroecológica é o único que pode salvar as gerações futuras.


sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Fórum de Economia Solidária sugere adequações na lei que o regula

      O Fórum Municipal de Economia Solidária de Irati (FMESI) e a Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Economia Solidária (SETS) debateram no dia 06 de julho algumas propostas para readequar a lei municipal 2956/09, que dispõe sobre as ações da Economia Solidária de Irati. 
   O FMESI é uma instituição que desde maio deste ano tem buscado efetivar a representação social no movimento de economia solidária municipal, com a esperança de que agregue abrangência também regional, contudo, com sua origem em Irati, explica o professor de Administração da Unicentro, César Renato Ferreira, pesquisador da área de Economia Solidária, que ajudou a coordenar a reunião. 
       A constituição do Fórum é uma nova tentativa de formular a representatividade social da Economia Solidária e que, ao lado do poder público, deve agora assumir o papel também institucional e não apenas social. Um dos objetivos é cumprir a lei federal que regula o setor e poder afirmar que o município dispõe, também, de um Conselho de Economia Solidária. 
   Também foi pedido que sejam consideradas como empreendimentos de Economia Solidária as cooperativas populares, associações, empresas de autogestão e grupos que sejam organizados sob os princípios de cooperação, solidariedade, autogestão, sustentabilidade econômica e ambiental e da valorização do ser humano e do trabalho, segurança e soberania alimentar; e tenham como princípios a organização coletivista da produção e comercialização. Demais requisitos, como a proibição de uso de mão de obra infantil e respeito ao meio ambiente e condições salubres e seguras de trabalho, por exemplo, foram mantidas. Além disso, busca-se o equilíbrio entre os rendimentos dos associados, cuja maior remuneração não pode ser superior a seis vezes a menor. 
     De acordo com o professor Ferreira, a primeira parte, que é a constituição física da lei recebeu tais sugestões de alterações para adequar os conceitos de Economia Solidária, enquanto fenômeno social, à sociedade civil como um todo. Pelas sugestões, além da pesquisa e metodologias de trabalho, o FMESI deve desenvolver a formação, organicidade, planejamento, avaliação, elaboração e sistematização de dados sobre a Economia Solidária. 
      Quanto aos objetivos e instrumentos da Economia Solidária, de que trata o capítulo II da lei, e diz que a implementação estratégica da lei de fomento à ela deve se dar através do acesso a espaço físico e bens públicos do município para a instalação e implementação dos centros públicos de economia solidária, incubadoras de empreendimentos populares e os chamados centros de “Comércio Justo e Solidário”, Ferreira pondera que se começa uma luta nova pois até hoje, apesar da lei existir desde 2009, o Fórum não teve acesso a esses espaços. 
        A sociedade, por sua vez, precisa participar porque se ela se omitir, alguém participa em seu lugar, adverte Ferreira. “Quando o cidadão não age, o poder público, que é eleito pelo cidadão, age em seu lugar. Mas existem ações mais amplas que as delegadas pelo voto, que fazem com que o cidadão também tenha que participar”, reforça. A terceira parte constituinte do Conselho seria composta por organizações que não estão ligadas institucionalmente, mas ligadas à estrutura de Economia Solidária: o fórum regional e nacional. 
      A pauta da reunião ainda incluiu o debate para a formação de secretarias de formação, divulgação e comunicação do FMESI e a organização da 2ª Feira Regional de Economia Solidária. 
       A primeira das sugestões de alteração é que se mude o texto do artigo 1º, segundo o qual a diretriz do Fórum é “a promoção da Economia Solidária e o desenvolvimento de grupos organizados autogestionários de atividades econômicas” e substituísse por “atividades produtivas e culturais”. Já no artigo 2º, que trata da distribuição equitativa das riquezas produzidas, foi sugerida a troca de “riquezas” por “rendas”. Quanto ao artigo 3º, foi proposto que passe a ter a seguinte redação: “A Economia Solidária é formada por empreendimentos solidários, entidades de assessoria, fomento e gestores públicos”. 
     Foi sugerida, ainda, a substituição ao termo “Setor de Economia Solidária” por “Fórum Municipal de Economia Solidária de Irati”. Quando se fala em atividades econômicas, refere-se a atividades produtivas e culturais porque “mais do que atividades econômicas, a Economia Solidária busca um cidadão que está interessado em uma dimensão de economia maior que a tradicional”, enfatiza. A troca do termo riqueza por renda, segundo ele, decorre do fato de que renda é o resultado de uma produção solidária e não a riqueza. A inclusão na lei dos princípios de segurança e soberania alimentar, segundo ele, corresponde aos anseios do fenômeno de economia solidária em termos nacionais. 

Texto e fotos: Edilson Kernicki, da Redação do Jornal Hoje Centro Sul 
Publicado na edição 627, 11 de julho de 2012. 
Adaptação: Associação CORAJEM

Referencia:

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Irati tem Conselho Municipal de Juventude



       No dia 30 de junho de 2012, as organizações de juventude da sociedade civil de Irati se reuniram na Câmara Municipal para a III Conferência Municipal de Juventude de Irati.
    O evento teve início as 13h 30min, com a Mesa de abertura das autoridades, onde estiveram presentes a Secretaria de Bem-Estar Social Maria Helena Orreda e os vereadores Laudelino Antônio Filipus e Rafael Felipe Lucas. Fizeram parte da Mesa de abertura Taís Regina Denhuke e Jaílton Camargo, representando a Comissão Municipal de Juventude de Irati, coletivo que organizou a Conferência.
     A Conferência teve como objetivo principal a eleição do novo Conselho Municipal de Juventude de Irati. As eleições se deram de duas maneiras: eleição das entidades e a eleição individual, de acordo com cada área de atuação. Foram eleitos:

ENTIDADES:

Associação CORAJEM
Titular: Luis Fernando Marcelino dos Santos
Suplente: Jéssica dos Reis Costa

Câmara Temática de Juventude Rural do Território Centro Sul do Paraná
Titular: Eliane Aparecida Pinto
Suplente: Misael Chebelski

Guarda Mirim
Titular: Vinicius Marcello
Suplente: Jorge Willian Pedroso Silveira

Juventude do Partido dos Trabalhadores
Titular: Eleandro de Carvalho
Suplente: José Jaílton Camargo

Pastoral da Juventude
Titular: Marília Setnarski
Suplente: Larissa Zakrzevski

Programa Jovem Aprendiz
Titular: Natali Rakus
Suplente: Vanessa Aparecida Kotski

Programa Vivendo nos Bairros
Titular: Jussara Aparecida Nunes
Suplente: Thomaz Alex Volski



INDIVIDUAL

Educação:
Titular: Fábio Kruk
Suplente: Andreia Wblski da Silva

Trabalho, Emprego e Geração de Renda
Titular: Regis Neves
Suplente: não tem

Movimento Estudantil Secundarista
Titular: Graziele Svitniski
Suplente: não tem

Qualidade de Vida, Esporte e Lazer
Titular: Francieli da Silva
Suplente: André Augusto Pedrozo

Cultura e Arte
Titular: Paula Mara dos Santos Bubiniak
Suplente: Anderson Guimarães

Diversidade Religiosa
Titular: Caroline do Carmo Teixeira
Suplente: não tem

Juventude do Campo
Titular: Lediane Menezes Lourenço
Suplente: não tem

Relações Étnicas e Diversidade Sexual
Titular: Carolina Filipaki
Suplente: não tem

Os segmentos/áreas Movimento Estudantil - nível superior/tecnológico e Deficiência e mobilidade reduzida, não tiveram nenhuma inscrição.



INDICAÇÕES DO PODER LEGISLATIVO
Titular: Rafael Felipe Lucas
Suplente: Anselmo Wnuk

Novo Conselho Municipal de Juventude de Irati


     O Conselho aguarda ainda a indicação oficial dos 7 (sete) representantes Poder Executivo, e do decreto para a nomeação.

          Parabéns a juventude de Irati por mais esta conquista!


Referencias:

Cúpula dos Povos - Rio+20

     O conflito de interesses é claro: 
     De um lado os interesses das grandes corporações, de manter (ou ainda aumentar) seus lucros, pouco se preocupando com questões ambientais (a menos que isso represente uma possibilidade de aumento dos lucros, como tem sido esse novo nicho de mercado da "sustentabilidade"). 
     De outro, os que defendem a preservação do meio ambiente, dos recursos naturais, das formas alternativas de produção. Os governos, que em tese tendem a negociar com a sociedade civil e com o mercado buscando uma conciliação entre interesses, desta vez se absteve: países que possuem grandes indústrias que agridem o meio ambiente e que, portanto, deveriam estar presentes na Rio+20, não compareceram.
     Os objetivos de “erradicar a pobreza” e “proteger o meio-ambiente” mais uma vez se tornaram parte de um demagógico discurso, que não se efetiva.
     A principal solução dada pela ONU para o problema foi dado pelo “Esboço Zero”; a chamada “economia verde”, que na verdade não busca nada além de mascarar o capitalismo já existente, que tem como condição de existência a desigualdade social e os desastres ecológicos. 
     A necessidade é a de um novo modo de viver, novos valores éticos e de solidariedade e respeito. Como disse Severn Suzuki, temos um bom modelo para isso, que foi a “Carta da Terra”. Por isso a importância da resistência dos povos, das manifestações contra o domínio das multinacionais e contra o agronegócio, expressa na comunhão das culturas e lutas na Cúpula dos Povos. 



Referencias:

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Conferência de Jovens da ONU para a Rio+20


O pior que podemos fazer é não fazer nada e deixar que as coisas prolonguem seu curso perigoso. As transformações necessárias devem apontar para outro paradigma de relação para com a Terra e a natureza e para a invenção de modos de produção e consumo mais benignos. Isso implica inaugurar um novo patamar de civilização, mais amante da vida, mais ecoamigável e mais respeitoso, dos ritmos, das capacidades e dos limites da natureza. Não dispomos de muito tempo para agir. Nem muita sabedoria e vontade de articulação entre todos para enfrentar o risco comum”.
Leonardo Boff, Sustentabilidade: o que é – o que não é.

     Neste ano de 2012 realizou a quarta Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. As primeiras foram em Estocolmo, 1972, no Rio em 1992 e em Johannesburg em 2002. 
Grupo de Trabalho "Protagonismo da Juventude"
     Na primeira Conferência ocorrida no Rio, em 1992, conhecida como ECO-92, foi produzido um documento chamado Agenda 21, onde os países participantes assinaram um compromisso com um novo padrão de desenvolvimento ambiental. Foi nesta mesma Conferência que as Nações Unidas criaram os “Major Groups”, ou Grupos Prioritários, que são segmentos da sociedade entendidos como importantes no processo de desenvolvimento sustentável dos países. Ao todo são nove, sendo um deles referente a Crianças e Jovens (Major Group for Children and Youth). De acordo com o documento da Agenda 21: "A juventude representa cerca de 30 por cento da população do mundo. O envolvimento da juventude de hoje nas tomadas de decisões sobre o meio ambiente e desenvolvimento e na implementação de programas é fundamental para o sucesso em longo prazo da Agenda 21”[1]. Capítulo 25 da Agenda 21. 
Representante da CORAJEM no evento
         Assim, para a Rio+20, o Grupo Prioritário de Criança e Jovem da ONU realizou, nos dias 07 e 08 de junho, a Conferência de Jovens para a Rio+20, a chamada Youth-Blast (uma tradução seria “explosão da juventude”). Essa Conferência tem por finalidade preparar os jovens para a Rio+20, promovendo discussões e trocas de experiências entre grupos de jovens de todo o mundo. Nesta Conferência foi também elaborado um documento com propostas e sugestões, resultado das discussões de vários grupos temáticos, a ser enviado para a Rio+20. Representante da CORAJEM no evento 
          O evento contou com a presença vários representantes de movimentos sociais, a Secretária Nacional de Juventude, Severine Macedo, a presidente do Conselho Nacional de Juventude, Angela Guimarães, entre outros. A Associação CORAJEM esteve presente, participando dos grupos de discussão juntamente com outras organizações de todo o Brasil. 

CORAJEM e Rede de Educação Popular tem projeto aprovado pelo FLD


     A Fundação Luterana de Diaconia – FLD, divulgou no dia 04 de junho, os projetos aprovados em seus quatro editais para 2012. Dentre os 122 projetos pré-selecionados no Brasil, foram aprovados 55 ao todo, e entre os aprovados está o projeto apresentado pela Associação CORAJEM, em parceria com a Rede de Educação Popular no Edital 01/2012, referente a economia solidária e comércio justo, está. O projeto entitula-se “6º Encontro da Rede Regional de Educação Popular e 2ª Feira Regional de Economia Solidária e Agroecologia”. A realização deste evento está prevista para o mês de setembro. 

Veja quais projetos foram aprovados em: 

Eleição 2012 da Associação CORAJEM


Realizou-se no dia 02 de junho a 5ª Assembléia Eletiva da CORAJEM, com o objetivo de eleger a sua nova direção e realizar o planejamento de suas atividades.
A Assembléia teve início as 8h com a acolhida dos sócios e convidados. Ainda no período da manhã foi apresentado um histórico da Associação, com um resgate desde o período de Pastoral de Juventude, no início dos anos 90, até a formação da Associação, no ano de 2004, bem como os avanços e conquistas obtidas durante esse tempo.


Após o almoço fez-se a apresentação da diretoria até então em vigor e pontos de sua gestão. Foram apresentados os cargos e feita a eleição da nova diretoria e conselhos fiscal e político, ficando eleitos:

Direção
Presidente: Claudete
Vice-Presidente: Jéssica
Secretário(a): Fernanda
Vice-Secretário(a): Marcos
Tesoureiro(a): Luís
Vice-Tesoureiro(a): Maria Sueli

Conselho Fiscal:
Francieli, Guilherme, Marici, Rosinha.

Conselho Político:
Educadores liberados (Taís, Luís, Claudete, Carina), diretoria e representantes em Conselhos Gestores.

          Foi realizada ainda a acolhida dos novos sócios, que “assinaram” com a palma da mão os seus compromissos com a associação, a juventude, a economia solidária e a educação popular.


          Bom trabalho aos novos(as) gestores(as) e sócios(as) da CORAJEM!