terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Associação CORAJEM realiza EAPJ – Escola de Agentes Populares da Juventude 2013

A Escola de Agentes Populares da Juventude – EAPJ, organizada pela Associação CORAJEM, já aconteceu em 2009 e 2010 e contou com a participação de aproximadamente 100 jovens, e chega em 2013 na sua 3ª edição.
A EAPJ é um espaço de reflexão, integração, troca de experiências sobre a realidade e vivências da juventude. Tem como objetivo estimular a participação social, organização de adolescentes e jovens e fortalecer a Associação CORAJEM para o desenvolvimentos de novos projetos e ações.
Os principais temas das etapas da EAPJ deste ano, foram: integração, comunicação e organização popular, que foram trabalhados através de dinâmicas, vídeos, rodas de conversa e troca de experiências e trabalho em grupo.
Neste ano, todas as etapas aconteceram no Conselho da Comunidade em Irati e contou com a participação muito ativa de 30 jovens e lideranças de várias comunidades de Irati, também contamos com a participação de lideranças dos municípios de Fernandes Pinheiro e Rebouças.
Várias idéias surgiram a partir destes encontros mas, a principal é que os/as próprios/as participantes sugeriram dar continuidade aos encontros em 2014 para aprofundarmos alguns temas e também trazer novos/as participantes. O primeiro encontro em 2014 será em fevereiro, em breve estaremos repassando mais informações.
No dia 07 de dezembro foi a última etapa da EAPJ neste ano e à noite realizamos uma confraternização com a presença dos participantes da EAPJ e demais componentes e apoiadores da Associação CORAJEM.
A confraternização que contou com a participação de 40 pessoas foi aberta pela presidente da CORAJEM: Claudete e o jovem da EAPJ: Kléber, fizemos uma apresentação da história da Associação CORAJEM e de todas as atividades e projetos realizados e apoiados em 2013, e em seguida teve um momento de depoimentos e relatos de pessoas que estão inseridas nestas atividades, que foram:
Silvana – professora do curso de agroecologia do IFPR (campus Irati);
Ricardo – representando os/as participantes da EAPJ 2013;
Vicência e Soeli – integrantes do Grupo de Mulheres e Padaria Comunitária do bairro Pedreira;
Marici – representando a REDP (Rede de Educação Popular do Paraná) e Recid;
Rodrigo – representando o FMESI (Fórum Municipal de Economia Solidária de Irati);
            E após um vídeo da música “Sal da Terra”, encerramos com um delicioso e animado jantar.
            Queremos aproveitar a oportunidade e agradecer a todas as pessoas, parcerias e apoiadores que de alguma forma, direta ou indiretamente participaram e contribuíram com o fortalecimento da Associação CORAJEM, e continuamos contando com todos/as na construção desta “vida nova”, conforme a música: “... Vamos precisar de todo mundo, pra banir do mundo a opressão. Para construir a vida nova, vamos precisar de muito amor. A felicidade mora ao lado, e quem não é tolo pode ver... (O Sal da Terra – Beto Guedes)”.

Mais fotos no facebook da Associação CORAJEM, confira lá!!












segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Organização Comunitária gera benefícios para bairro Pedreira e bairros vizinhos

A falta de um ônibus circular no bairro Pedreira e bairros vizinhos, a qual já era uma necessidade percebida por vários moradores/as e trabalhadores/as a algum tempo, foi a principal motivação para que o Grupo de Mulheres Trabalho e Vida/ Padaria Comunitária do bairro Pedreira com o apoio da Associação CORAJEM começasse uma mobilização popular através de um abaixo-assinado.
Após a sua realização que coletou mais de 300 assinaturas, foram realizadas algumas conversas e reuniões com a Prefeitura Municipal de Irati a qual ajudou a intermediar as negociações com a empresa responsável.
E para fechar alguns acordos, no dia 14 de novembro foi realizada uma reunião na sede da Associação CORAJEM no bairro Pedreira onde estavam presentes alguns moradores do bairro Pedreira e bairros vizinhos; o prefeito Odilon Burgath acompanhados por Valdecir Aksenen e Rodrigo de Souza; o representante da empresa de ônibus; e a Associação CORAJEM, para combinar os possíveis horários, itinerário, pontos do ônibus e etc.
E finalmente no dia 25 de novembro é criado a nova linha de ônibus: Jardim Planalto, sendo a sétima linha criada na cidade.
O trajeto partirá do bairro Marcelo e passará por 6 bairros até chegar à Rodoviária. O novo itinerário atenderá, inicialmente, em horário intermediário – ou seja, de maior movimento.
A nova linha tem início no bairro Marcelo, onde percorre a Rua Ipanema e depois a Avenida Vicente Machado.
No Jardim Planalto, transita pela Rua das Funcionárias, até que entra na Rua Sanhaço, no DER.
Em seguida, parte para o bairro Pedreira, onde passa pela Rua Brilhante, pela Associação Corajem e pela Rua Diamante.
Em seguida, vai para o bairro Dallegrave, onde percorre as ruas: João Bader Maluf, Presidente José Sarney e Cesário Fortes, até pegar a perimetral.
Na sequência, o trajeto segue pela Lino Esculápio, passa pela Santa Casa e se encaminha para o Centro pela rua 19 de Dezembro, XV de Julho, Carlos Thoms e sobe a Dona Noca até a Rodoviária.
O percurso todo irá durar aproximadamente 35 minutos do ponto final até a Rodoviária. O primeiro ônibus circulará às 6h25 e o último sai do ponto final às 18h45. “Esses horários foram pré-estabelecidos para atender a demanda que, no início, é um pouco reduzida. Com o passar do tempo, conforme a demanda for aumentando, nós também disponibilizaremos mais horários para atender melhor à população”, explicou o gerente administrativo da Empresa de ônibus.

Fonte: radionajua.com.br




 




segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Ecosol Região Sul Mapeamento 2010/2012

. Segue o link  com a nova base de dados.. 




SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES DE ECONOMIA SOLIDÁRIA –SIES
A Secretaria Nacional de Economia Solidária – SENAES/ MTE está disponibilizando, conforme deliberações da Comissão Gestora Nacional – CGN a base de dados atualizada do Sistema de Informações de Economia Solidária - SIES.


terça-feira, 24 de setembro de 2013

ReDP promove Seminário...

Posted: 23 Sep 2013 01:22 PM PDT
A REDP junto a prefeitura municipal e os Grupos de Agricultura Ecológica de Fernandes Pinheiro realizaram neste dia 20 de setembro de 2013 (sexta-feira) na Câmara de vereadores, o 1º Seminário Municipal de Políticas Públicas em Rede, com o tema Agroecologia. Os seminários municipais de Políticas Públicas em Rede são propostas de planejamento da REDP que estão acontecendo em vários municípios do Paraná. Em Fernandes Pinheiro, o mesmo vinha sendo pensado e organizado a 3 meses por uma comissão provisória formada pelas entidades e educadores integrantes da REDP, secretarias municipais, diretores de escolas e as famílias de agricultores ecologistas.


Estiveram presentes grupos de agricultura ecológica da Associação ASSIS, entidades de assessoria CORAJEM, IFPR e GUAYI, representantes do governo federal da RECID (Rede de Educação Cidadã) da Secretaria dos Direitos Humanos, Rede de ECOSOL e Feminista  da SENAES (Secretaria Nacional de Economia Solidária)/MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), secretarias do município (educação, bem estar social, saúde e agricultura e meio ambiente), diretores de escolas, vereador Rosene Pabis e o prefeito municipal Oziel Neivert.

O objetivo do Seminário é propor a gestão pública e a sociedade do município, a criação de uma lei municipal que garanta o apoio ao fomento ao desenvolvimento da agricultura ecológica. 


A programação foi a seguinte:

09:00 Abertura;
09:30 Mesa com presença de autoridades;
10:00 Explanação sobre Agroecologia com a Profª. Silvana Moreira do IFPR;
11:30 Inicio das discussões e propostas;
12:00 Almoço;
13:30 Continuidade das discussões;
15:00 Apresentação e aprovação das propostas;
15:45 Criação da Comissão municipal de agroecologia;
16:00 Encerramento.


Entre as propostas, estão: a criação de um espaço de comercialização; uma equipe técnica para assessoria aos agricultores; formação e capacitação; entre outras. Também foi eleita a comissão municipal de agroecologia que se encontrará novamente no dia 07 de outubro para detalhar e encaminhar as propostas para a apreciação do legislativo municipal.

Para a REDP, estes seminários estão sendo importantíssimos no avanço da participação popular, pois aproxima pessoas das bases comunitárias e a partir de suas realidades propõem e ajudam na construção das políticas públicas no Paraná e assim formam uma rede que se articula e promove o desenvolvimento local sustentável. Salientou Taís Regina Denhuke, integrante da REDP.


Posted: 23 Sep 2013 06:44 AM PDT


De 26 de novembro a 20 de dezembro de 2013, será realizada a 8ª edição da Mostra Cinema e Direitos Humanos na America do Sul. A mostra acontecerá simultaneamente em todas as 26 capitais e Distrito Federal, além de exibições em até 1000 espaços fora dos grandes centros. Assim, a Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul terá um alcance inédito, ampliando o acesso aos filmes selecionados e levando o cinema para todos.
Abrimos, aqui, duas chamadas públicas. Na primeira, em que a data final para a inscrição dos filmes foi dia 9 de setembro, os realizadores inscreveram seus filmes para serem exibidos no evento e concorrer a prêmios.
Na segunda convocatória, serão os locais de exibição de fora das capitais que poderão se inscrever. Responsáveis por cineclubes, pontos de cultura, institutos federais de educação profissional, científica e tecnológica, universidades, museus, bibliotecas, sindicatos, associações de bairros, telecentros, unidades do Sistema S e outras instituições podem se inscrever para receberem o kit da mostra. Leia mais no  regulamento específico e preencha a Ficha de inscrição (disponível a partir do dia 26 de agosto) dos locais de exibição.

A data final para a inscrição dos filmes foi dia 9 de setembro e para os locais de exibição é dia 11 de outubro. Participem!

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Ecosol Paraná

ECOSOL PARANÁ Link to ECOSOL PARANÁ NEONICOTINOIDES: QUE SÃO E COMO PODEM AFETAR VOCÊ Posted: 16 Sep 2013 12:32 PM PDT Aprovados apressadamente, novos agrotóxicos são devastadores para abelhas — mas podem contaminar milhares de outras espécies e água que bebemos . Por George Monbiot | Tradução: Inês Castilho Só agora, quando os neonicotinoides já são os inseticidas mais usados no mundo, é que estamos começando a... Clique no titulo deste texto e continue lendo... Irati Inicia construção do Plano municipal de Economia Solidária Posted: 16 Sep 2013 11:38 AM PDT Neste dia 26 de setembro de 2013, no salão da sede dos funcionários públicos de Irati, o FMESI (Forum Municipal de ECOSOL de Irati) e a prefeitura municipal, realizam a 1ª Plenária municipal de ECOSOL de Irati, com o objetivo de iniciar a construção do Plano municipal de ECOSOL. Esta discussão vem... Clique no titulo deste texto e continue lendo... You are subscribed to email updates from ECOSOL PARANÁ To stop receiving these emails, you may unsubscribe now. Email delivery powered by Google Google Inc., 20 West Kinzie, Chicago IL USA 60610

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

clássicos do pensamento brasileiro

20/08/2013 - 03h21 Planeta esgota hoje sua cota natural de recursos para 2013

20/08/2013 - 03h21 Planeta esgota hoje sua cota natural de recursos para 2013 RAFAEL GARCIA DE SÃO PAULO Se a humanidade se comprometesse a consumir a cada ano só os recursos naturais que pudessem ser repostos pelo planeta no mesmo período, em 2013 teríamos de fechar a Terra para balanço hoje, 20 de agosto. Essa é a estimativa da Global Footprint Network, ONG de pesquisa que há dez anos calcula o "Dia da Sobrecarga". Neste ano, o esgotamento ocorreu mais cedo do que em 2012 --22 de agosto--, e a piora tem sido persistente. "A cada ano, temos o Dia da Sobrecarga antecipado em dois ou três dias", diz Juan Carlos Morales, diretor regional da entidade na América Latina. Para facilitar o entendimento da situação, a Global Footprint Network continua promovendo o uso do conceito de "pegada ambiental", uma medida objetiva do impacto do consumo humano sobre recursos naturais. No Dia da Sobrecarga, porém, expressa-o de outra maneira: para sustentar o atual padrão médio de consumo da humanidade, a Terra precisaria ter 50% mais recursos. Editoria de Arte/Folhapress Sobrecarga global Para fazer a conta, a ONG usa dados da ONU, da Agência Internacional de Energia, da OMC (Organização Mundial do Comércio) e busca detalhes em dados dos governos dos próprios países. O número leva em conta o consumo global, a eficiência de produção de bens, o tamanho da população e a capacidade da natureza de prover recursos e biodegradar/reciclar resíduos. Isso é traduzido em unidades de "hectares globais", que representam tanto áreas cultiváveis quanto reservas de manancial e até recursos pesqueiros disponíveis em águas internacionais. A emissão de gases de efeito estufa também entra na conta, e países ganham mais pontos por preservar florestas que retêm carbono. Apesar de ter começado a calcular o Dia da Sobrecarga há uma década, a Global Footprint compila dados que remontam a 1961. Desde aquele ano, a sobrecarga ambiental dobrou no planeta, e a projeção atual é de que precisemos de duas Terras para sustentar a humanidade antes de 2050. A mensagem é que esse padrão de desenvolvimento não tem como se sustentar por muito tempo. "O problema hoje não é só proteger o ambiente, mas também a economia pois os países têm ficado mais dependentes de importação, o que faz o preço das commodities disparar", diz Morales. "Isso ocorre porque os serviços ambientais [benefícios que tiramos dos ecossistemas] já não são suficientes". BRASIL "CREDOR" No panorama traçado pela Global Footprint Network, o Brasil aparece ainda como um "credor" ambiental, oferecendo ao mundo mais recursos naturais do que consome. Isso se deve em grande parte à Amazônia, que retém muito carbono nas árvores, e a uma grande oferta ainda de terras agricultáveis não desgastadas. Mas, segundo a ONG WWF-Brasil, que faz o cálculo da pegada ambiental do país, nossa margem de manobra está diminuindo (veja quadro à dir.), e exibe grandes desigualdades regionais. "Na cidade de São Paulo, usamos mais de duas vezes e meia a área correspondente a tudo o que consumimos", diz Maria Cecília Wey de Brito, da WWF. O número é similar ao da China, um dos maiores "devedores" ambientais. http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2013/08/1328888-planeta-esgota-hoje-sua-cota-natural-de-recursos-para-2013.shtml

terça-feira, 25 de junho de 2013

Edital do Projeto "Jovens de periferia urbana em cena: inclusão social via cinema popular", Universidade Sem-Fronteiras

Esta aberto o processo de seleção de bolsistas para o projeto de extensão da UNICENTRO, em parceria com a Associação CORAJEM, vunculado ao Programa Universidade Sem Fronteiras.
O projeto intitulado "Jovens de periferia urbana em cena: inclusão social via cinema popular" prevê realizar sessões de cinema em bairros periféricos e promover oficinas de comunicação popular para a juventude do município. O intuito é promover a educação popular crítico freireana por meio de espaços de manifestação e expressão cultural de jovens.

Sobre as seleção serão contratados(as):
2 (duas) pessoas recém-formadas em Instituições de Ensino Superior do Paraná (até 3 anos a contar da data de colação de grau);
4 (quatro) pessoas que estejam cursando a graduação, em uma Instituição de Ensino Superior do Paraná
Será avaliado ainda as vivências acadêmico-profissionais dos(as) candidatos(as) relacionadas à Educação Popular

As inscrições deverão ser feitas do dia 20 a 27 de junho de 2013 (até as 23h e 59min), através do site
Os(as) candidatos(as) deverão observar a documentação exigida para a inscrição;

A seleção será feita por meio de análise de curriculo e entrevista, que deverá ocorrem entre os dias 01 e 03 de junho de 2013.

A divulgação dos resultados deverão sair no dia 04 de junho de 2013, no mesmo site onde é realizada a inscrição.

Para maiores informações acessar o edital

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Jovens vão às ruas e nos mostram que desaprendemos a sonhar


Texto de André Borges Lopes 
Publicado no blog do Luis Nassif. Dom, 09 de junho de 2013. 



AOS QUE AINDA SABEM SONHAR 

O fundamental não é lutar pelo direito de fumar maconha em paz na sala da sua casa. O fundamental não é o direito de andar vestida como uma vadia sem ser agredida por machos boçais que acham que têm esse direito porque você está "disponível". O fundamental não é garantir a opção de um aborto assistido para as mulheres que foram vítimas de estupro ou que correm risco de vida. O fundamental não é impedir que a internação compulsória de usuários de drogas se transforme em ferramenta de uma política de higienismo social e eliminação estética do que enfeia a cidade. O fundamental não é lutar contra a venda da pena de morte e da redução da maioridade penal como soluções finais para a violência. O fundamental não é esculachar os torturadores impunes da ditadura. O fundamental não é garantir aos indígenas remanescentes o direito à demarcação das suas reservas de terras. O fundamental não é o aumento de 20 centavos num transporte público que fica a cada dia mais lotado e precário. 

O fundamental é que estamos vivendo uma brutal ofensiva do pensamento conservador, que coloca em risco muitas décadas de conquistas civilizatórias da sociedade brasileira. 

O fundamental é que sob o manto protetor do "crescimento com redução das desigualdades" fermenta um modelo social que reproduz – agora em escala socialmente ampliada – o que há de pior na sociedade de consumo, individualista ao extremo, competitiva, ostentatória e sem nenhum espaço para a solidariedade. 

O fundamental é que a modesta redução da nossa brutal desigualdade social ainda não veio acompanhada por uma esperada redução da violência e da criminalidade, muito pelo contrário. E não há projeto nacional de combate à violência que fuja do discurso meramente repressivo ou da elegia à truculência policial. 

O fundamental é que a democratização do acesso ao ensino básico e à universidade por vezes deixam de ser um instrumento de iluminação e arejamento dos indivíduos e da própria sociedade, e são reduzidos a uma promessa de escada para a ascensão social via títulos e diplomas, ao som de sertanejo universitário. 

O fundamental é que os políticos e grandes partidos antigamente ditos "libertários" e "de esquerda" hoje abriram mão de disputar ideologicamente os corações e mentes dos jovens e dos novos "incluídos sociais" e se contentam em garantir a fidelidade dos seus votos nas urnas, a cada dois anos. 

O fundamental é que os políticos e grandes partidos antigamente ditos "sociais-democratas" já não tem nada a oferecer à juventude além de um neo-udenismo moralista que flerta desavergonhadamente com o autoritarismo e o fascismo mais desbragados. 

O fundamental é que a promessa da militância verde e ecológica vai aos poucos rendendo-se aos balcões de negócio da velha política partidária ou ao marketing politicamente correto das grandes corporações. 

O fundamental é que os sindicatos, movimentos populares e organizações estudantis estão entregues a um processo de burocratização, aparelhamento e defesa de interesses paroquiais que os torna refratários a uma participação dinâmica, entusiasmada e libertária. 

O fundamental é que temos em São Paulo um governo estadual que é francamente conservador e repressivo, ao lado de um governo federal que é supostamente "progressista de coalizão". Mas entre a causa da liberação da maconha e defesa da internação compulsória, ambos escolhem a internação. Entre as prostitutas e a hipocrisia, ambos ficam com a hipocrisia. Entre os índios e os agronegócio, ambos aliam-se aos ruralistas. Entre a velha imprensa embolorada e a efervescência libertária da Internet, ambos namoram com a velha mídia. Entre o estado laico e os votos da bancada evangélica, ambos contemporizam com o Malafaia. Entre Jean Willys e Feliciano, ambos ficam em cima do muro, calculando quem pode lhes render mais votos. 

O fundamental é que o temor covarde em expor à luz os crimes e julgar os aqueles agentes de estado que torturaram e mataram durante da ditadura acabou conferindo legitimidade a auto-anistia imposta pelos militares, muitos dos quais hoje se orgulham publicamente dos seus crimes bárbaros – o que nos leva a crer que voltarão a cometê-los se lhes for dada nova oportunidade. 

O fundamental é que vivemos numa sociedade que (para usar dois termos anacrônicos) vai ficando cada vez mais bunda-mole e careta. Assustadoramente careta na política, nos costumes e nas liberdades individuais se comparada com os sonhos libertários dos anos 1960, ou mesmo com as esperanças democráticas dos anos 1980. Vivemos uma grande ofensiva do coxismo: conservador nas ideias, conformado no dia-a-dia, revoltadinho no trânsito engarrafado e no teclado do Facebook. 

O fundamental é que nenhum grupo político no poder ou fora dele tem hoje qualquer nível mínimo de interlocução com uma parte enorme da molecada – seja nas universidades ou nas periferias – que não se conforma com a falta de perspectivas minimamente interessantes dentro dessa sociedade cada vez mais bundona, careta e medíocre. 

Os mesmos indignados que se esgoelam no mundo virtual clamando que a juventude e os estudantes "se levantem" contra o governo e a inação da sociedade, são os primeiros a pedir que a tropa de choque baixe a borracha nos "vagabundos" quando eles fecham a 23 de Maio e atrapalham o deslocamento dos seus SUVs rumo à happy-hour nos Jardins. 

Acuados, os políticos "de esquerda" se horrorizam com as cenas de sacos de lixo pegando fogo no meio da rua e se apressam a condenar na TV os atos de "vandalismo", pois morrem de medo que essas fogueiras causem pavor em uma classe média cada vez mais conservadora e isso possa lhes custar preciosos votos na próxima eleição. 

Enquanto isso a molecada, no seu saudável inconformismo, vai para as ruas defender – FUNDAMENTALMENTE – o seu direito de sonhar com um mundo diferente. Um mundo onde o ensino, os trens e os ônibus sejam de qualidade e gratuitos para quem deles precisa. Onde os cidadãos tenham autonomia de decidir sobre o que devem e o que não devem fumar ou beber. Onde os índios possam nos mostrar que existem outros modos de vida possíveis nesse planeta, fora da lógica do agribusiness e das safras recordes. Onde crenças e religião sejam assunto de foro íntimo, e não políticas de Estado. Onde cada um possa decidir livremente com quem prefere trepar, casar e compartilhar (ou não) a criação dos filhos. Onde o conceito de Democracia não se resuma à obrigação de digitar meia dúzia de números nas urnas eletrônicas a cada dois anos. 

Sempre vai haver quem prefira como modelo de estudante exemplar aquele sujeito valoroso que trabalha na firma das 8 da manhã às 6 da tarde, pega sem reclamar o metrô lotado, encara mais quatro horas de aulas meia-boca numa sala cheia de alunos sonolentos em busca de um canudo de papel, volta para casa dos pais tarde da noite para jantar, dormir e sonhar com um cargo de gerente e um apartamento com varanda gourmet. 

Não é meu caso. Não tenho nem sombra de dúvida de que prefiro esses inconformados que atrapalham o trânsito e jogam pedra na polícia. Ainda que eles nos pareçam filhinhos-de-papai, ingênuos em seus sonhos, utópicos em suas propostas, politicamente manobráveis em suas reivindicações, irresponsavelmente seduzidos pelos provocadores de sempre. 

Desde a Antiguidade, esses jovens ingênuos e irresponsáveis são o sal da terra, a luz do sol que impede que a humanidade apodreça no bolor da mediocridade, na inércia do conformismo, na falta de sentido do consumismo ostentatório, nas milenares pilantragens travestidas de iluminação espiritual. 

Esses moleques que tomam as ruas e dão a cara para bater incomodam porque quebram vidros, depredam ônibus e paralisam o trânsito. Mas incomodam muito mais porque nos obrigam a olhar para dentro das nossas próprias vidas e, nessa hora, descobrimos que desaprendemos a sonhar.

terça-feira, 5 de março de 2013

"Juventude que ousa lutar, constrói o projeto popular” é o lema do 19º Grito dos Excluídos


Durante a tarde do dia 21, em São Paulo, a coordenação do Grito dos Excluídos acolhendo as sugestões de vários grupos, comunidades, dioceses, movimentos, sindicatos, definiu o lema da 19º edição do Grito dos Excluídos: Juventude que ousa lutar constrói o projeto popular. O Próximo encontro nacional dos articuladores e articuladoras do Grito acontecerá nos dias 26 a 28 de abril , em São Paulo. 

O que é o Grito dos Excluídos? 
É uma manifestação popular carregada de simbolismo, é um espaço de animação e profecia, sempre aberto e plural de pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos. Constitui-se numa mobilização com três sentidos: Denunciar o modelo político e econômico que, ao mesmo tempo, concentra riqueza e renda e condena milhões de pessoas à exclusão social; Tornar público, nas ruas e praças, o rosto desfigurado dos grupos excluídos, vítimas do desemprego, da miséria e da fome; Propor caminhos alternativos ao modelo econômico neoliberal, de forma a desenvolver uma política de inclusão social, com a participação ampla de todos os cidadãos. 
É realizado em um conjunto de manifestações realizadas no Dia da Pátria, 7 de setembro, tentando chamar à atenção da sociedade para as condições de crescente exclusão social na sociedade brasileira. Não é um movimento nem uma campanha, mas um espaço de participação livre e popular, em que os próprios excluídos, junto com os movimentos e entidades que os defendem, trazem à luz o protesto oculto nos esconderijos da sociedade e, ao mesmo tempo, o anseio por mudanças. As atividades são as mais variadas: atos públicos, romarias, celebrações especiais, seminários e cursos de reflexão, blocos na rua, caminhadas, teatro, música, dança, feiras de economia solidária, acampamentos – e se estendem por todo o território nacional. 

Semana Social e Grito dos Excluídos 
O Grito é parte do processo da 5ª Semana Social Brasileira e no ano passado trouxe o lema: Queremos um Estado a serviço da Nação, que garanta direitos a toda população! Sobre a participação da juventude a coordenação nacional da 5ª Semana Social Brasileira (SSB) divulgou na sexta-feira do dia 15, um vídeo com o objetivo de mostrar como os jovens brasileiros podem se mobilizar no debate do tema “O Estado para quê e para quem?” Informações (11) 2272-0627, ou acesse www.gritodosexcluidos.org 

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Editais para contratação de equipes


Rede de Educação Cidadã - RECID

Processo seletivo objetivando a contratação de educadores sociais com experiência de acordo com termo de referência para fazer parte da equipe técnica do convênio Nº. 778677/2012 – SDH/PR

Projeto: capacitação em direitos humanos através de redes de entidades e movimentos sociais visando ampliar exercício da cidadania (RECID - rede de educação cidadã).

Objeto:
Constitui objeto deste processo seletivo a seleção de educadores sociais para execução do convênio entre a secretaria de direitos humanos e CAMP visando a capacitação em direitos humanos através de redes de entidades e movimentos sociais visando ampliar exercício da cidadania.
O recebimento dos currículos é até o dia 25 de fevereiro de 2013.
Acesse o edital e maiores informações no site:
Site da RECID

Edital:



Projeto Guayi (Economia Solidária Feminista)

Está lançado, na página da Guayi o edital para o PROCESSO SELETIVO Nº 003/2013. Esse edital visa a contratação de equipes para a constituição de BASES DE SERVIÇOS EM ECONOMIA SOLIDÁRIA E FEMINISTA, visando a construção da REDE NACIONAL DE ECONOMIA SOLIDÁRIA E FEMINISTA: TECENDO REDES, SUSTENTABILIDADE E SOLIDARIEDADE PARA O BEM VIVER.
O projeto será realizado em 9 estados do país: (Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará e Pará), no âmbito do Convênio Nº 776119/2012, firmado entre a Secretaria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego e a Guayí.
Estão abertas inscrições para Coordenadoras(es) Estaduais, Assessoras(es) Técnicas(os) e Agentes de Desenvolvimento Local para compor as 12 BASES DE SERVIÇO EM ECONOMIA SOLIDÁRIA E FEMINISTA.

O recebimento dos currículos é até o dia 06 de março de 2013.
Site da Guayi:

Edital:           

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

O carnaval de rua de Irati



A avaliação da população iratiense sobre o carnaval de rua do município parece ter sido bastante positiva. Pelo menos é o que mostram algumas reportagens, como a da Rádio Najuá (ver reportagem aqui). 


A Prefeitura Municipal, através de sua Secretaria de Cultura, optou por uma metodologia de valorização da cultura local, e das associações e organizações existentes no município. Assim, tivemos a apresentação da “Galera do Skate”, dos squetes de teatro, a feira de produtos artesanais e da economia solidária, entre outros.

Destacamos a presença do Fórum Municipal de Economia Solidária de Irati – FMESI, que, ao contrário do que afirma a matéria da Najuá, não é um Fórum "da Associação CORAJEM", mas esta associação é um dos grupos que o compõem. Destacamos também a Associação de Cultura Regional de Irati – ACRI, que se colocou como co-realizadora do evento, e aos demais grupos, associações e organizações presentes, que fizeram deste carnaval uma festa popular.











Imagem da equipe de reportagem da Rádio Najuá.


segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Balanço do Encontro de Planejamento 2013




Encerrou na sexta-feira última o planejamento das ações da Associação CORAJEM para o ano de 2013. Ao todo foram quatro dias de debate, divididos em momentos de formação, avaliação das ações do ano passado e planejamento das ações deste ano.
Sob a assessoria de Rodrigo Souza, o planejamento para 2013 foi pensado de acordo com cada eixo de atuação da Associação, sendo eles o eixo da moradia, educação popular, da economia solidária e da juventude.


O encontro possibilitou a criação de um importante espaço de reflexão sobre as ações da CORAJEM, seus avanços, limitações de 2012 e possibilidades para 2013, utilizando-se do método de crítica, auto-crítica e análise de conjuntura para problematizar suas questões.
Dentre os principais resultados alcançados nos dias de debate, definiu-se como prioridade para este ano o eixo da juventude, sem deixar, contudo, de realizar os trabalhos que já vêm fazendo nos demais eixos. Suas ações serão no sentido de articular e assessorar organizações, grupos e movimentos já existentes, bem como provocar a criação de novos grupos comunitários. Além disso, será objetivo da CORAJEM para este ano um fortalecimento interno, de sua mística, sua espiritualidade e suas relações pessoais.
Os sócios poderão solicitar o relatório do planejamento pelo e-mail da CORAJEM.

A Associação CORAJEM deseja a todxs um 2013 de muita luta e muitos avanços.