segunda-feira, 5 de abril de 2010

Grito dos/as Excluídos/as 2010: "Onde estão nossos direitos?"

Realizou-se em São Paulo, de 26 a 28 de março de 2010, o 12º Encontro Nacional de Articuladores/as do Grito dos/as Excluídos/as. Participaram 37 pessoas, representando 18 estados e 13 entidades que compõem a coordenação da iniciativa. O Encontro teve como objetivo principal preparar os articuladores estaduais para a organização do 16º Grito dos Excluídos, que tem como lema "Onde estão nossos Direitos? Vamos às ruas para construir um projeto popular", foi marcado por três momentos. O Encontro: No primeiro dia, os participantes foram convidados a somar elementos para uma análise de conjuntura, em nível local, nacional e internacional, tendo como enfoque a avaliação do Grito, seus desafios, perspectivas, depois, dedicou-se boa parte do segundo dia para o aprofundamento do Projeto Popular, através de uma análise metodológica que privilegiam o estudo de diversos olhares sobre o poder e os direitos de cidadania. No restante do tempo, a pauta girou em torno das sugestões para a organização concreta do Grito em 2010.
Em síntese, a 16ª edição do Grito será marcada por duas forças motrizes: a vida e os direitos, por um lado, e a participação no Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade da Terra, por outro. De uma parte, destacou-se a violência que vem exterminando a juventude brasileira; a Campanha da Fraternidade deste ano; o processo eleitoral, centrando a discussão em critérios éticos para a construção de uma democracia popular. De outra parte, a necessidade de colocar em pauta um dos temas cruciais para a construção de um verdadeiro Projeto Popular, que é a questão fundiária e agrária do país. Em ano eleitoral, trata-se de levar os candidatos a se pronunciarem sobre o tema, sabendo que a bancada ruralista, no Congresso Nacional, constitui historicamente um dos setores mais retrógrados e avessos a mudanças substanciais.
Insistiu-se também sobre a necessidade de uma metodologia que supere uma linguagem verbalizada, em vista das linguagens populares diversificadas, tais como, o teatro, a dança, a poesia, a música, o repente, etc., da descentralização geográfica do Grito, levando a mobilização a situações e grupos de exclusão social; da arte e a mística não como recheio do bolo e sim como fermento na massa; da articulação com outras forças populares; do entendimento do Grito como processo, centralizado na Semana da Pátria, mas que se estende por todo o ano; de maior comunicação entre os articuladores e destes com outros parceiros, utilizando os vários meios à disposição; do espaço aberto, plural e democrático de construção coletiva.
Enfim, concluiu-se por dois símbolos nacionais, a serem enriquecidos por outras formas de simbologia local ou regional: a constituição brasileira com a inscrição: onde estão os nossos direitos, como forma de levar a sério os direitos garantidos em seu texto e o globo, chamando a atenção para o grito da vida no planeta terra em todas as suas formas, biodiversidade; Vale lembrar, ainda, a atmosfera solidária do encontro, enriquecido pelos momentos de animação e de mística.
Fonte: Secretaria Nacional do Grito dos Excluídos

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